terça-feira, 1 de setembro de 2009

Simon Rodia – Arte Marginal Parte 2

Tudo começou em 1921, quando Simon adquiriu uma pequena parcela de terreno de forma triangular em Watts, Los Angeles. Simon tinha desejo de fazer “algo grande”, e esse desejo não esmoreceu devido aos obstáculos, como, às limitações do terreno e a falta de dinheiro. Simon então utilizou essencialmente lixo e ferro velho: (Isso mesmo, pode acreditar). Molas de colchão para as armaduras das paredes, tubos de ferro para a estrutura, arame, cacos de vidro, cacos de cerâmica, conchas do mar, e etc. Ligou tudo isso com argamassa de cimento e ao conjunto chamou de “Nuestro Pueblo”.
As torres lembram vagamente algumas obras de Gaudí, nomeadamente a Sagrada Família, em Barcelona. Tem a intenção de evocar simbolicamente o barco de Marco Pólo com os seus mastros e velas aparelhadas, a mais alta torre alcança os 30m de altura. Conta-se que Simon não usou andaime para as construir...(esquisito).
Após concluir a obra, em 1954, deixou o local e doou a propriedade a um vizinho. Morreu alguns anos mais tarde, em 1965, sem nunca ter regressado a Watts. Nesse meio tempo as autoridades municipais da cidade quiseram demolir as torres, alegando ser por razões de segurança, mas não chegaram a fazê-lo. A publicidade do conjunto, entretanto, ia crescendo e o município de Watts acabou por reconhecer a sua importância. Agora são parte integrante da Rede de Parques do Estado da Califórnia e patrimônio cultural e artístico da cidade de Los Angeles.
 
 
 
Beijinhos

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